Chanel pra ela só Discovery: Evento Tanara e Oi FM

Hoje eu vou falar de uma pessoinha que muita gente já conhece: a Cris Guerra. A Cris começou a escrever o blog Para Francisco, quando ficou viúva dois meses antes do nascimento do filhote. O blog rendeu um livro. Mas o que atraiu a atenção de todos foi quando a Cris lançou seu outro blog: o Hoje Vou Assim. Nele, ela posta seus looks. Religiosamente todo santo dia.

E, ao cobrir o evento Tanara e Oi FM, recebi uma lição de vida ao ouvir a Cris. Os motivos eu explico abaixo:
- A Cris é temporona de 5 irmãos. Eu também. Em uma certa etapa da vida, eu fiquei muito sozinha porque não dava para acompanhar meus irmãos por conta da diferença de idade.
- Ela tinha cabelão crespo. Eu também...rs. E ela conta que só se reconheceu quando cortou o cabelo bem curtinho. Eu tinha um cabelão enooooooorme e crespo. E me senti livre, leve e linda quando cortei o cabelo também curto. O problema (meu e da Cris) é que hoje a gente é escrava da progressiva...rs...

- Eu e a Cris, apesar de darmos a cara à tapa postando nosso próprios looks, sabemos que não estamos dentro do "padrão exigido": ela faz o tipo mignon e eu estou acima do peso.
- Nós já fomos consumidoras compulsivas.

Com todas essas coincidências, percebi que conseguimos evoluir da mesma forma. A menininha bem mais nova, que queria seguir os irmãos, mas era taxada de pentelha e mimada pelos próprios, conseguiu dar a volta por cima e descobrir autenticidade em sua própria personalidade. Precisou - no caso de ambas - de rompermos padrões, de libertarmos de nossos cabelos (e assim deixamos de ser iguais à muitas outras), de nos customizarmos com tatuagens e de sofrermos para conseguir driblar o fato de consumir enlouquecidamente.
Mas com isso a gente cresceu. E, mais importante, ainda: nos descobrimos e ACEITAMOS quem somos.

Adorei conhecer alguém que passou pelos mesmos fatos e atropelos que eu passei e que hoje é uma pessoa realizada e, acima de tudo, feliz.
Eu me realizo a cada dia mais com o blog e com as oportunidades que tenho tido. Além disso, aprendi a deixar as neuroses de lado e me aceitar "gordinha" mesmo. Mais uma vez, agradeço à Tanara - e à Sílvia, à Cris e à Heloísa por me permitirem tal experiencia.